sábado, 11 de maio de 2013

A Origem da Escrita

Pretendo iniciar aqui uma série de estudos sobre como a Bíblia foi escrita e chegou até nós, baseado em alguns artigos e livros que tenho estudado nas aulas de Teologia. Espero poder contribuir com um pouco mais de conhecimento para a sua vida e principalmente, com o trabalho de Deus em ajudar a quem quiser, a compreender um pouco mais sobre a Palavra de Deus.

Diante disto, gostaria de começar falando brevemente sobre:


A ORIGEM DA ESCRITA

Os primeiros homens não sabiam escrever e isso nem era necessário, uma vez que viviam muito e eram dotados de grande capacidade mental, de forma que conseguiam passar suas informações de forma oral por várias gerações. Contudo, devido à diminuição do tempo de vida e da queda acentuada de suas capacidades intelectuais, surgiu a necessidade de realizarem registros que fossem preservados para sua posteridade.

Os autores geralmente dividem em três fases distintas evolução da escrita:

1ª Fase - Pictogrâmica: consistia em figuras que representavam objetos. Desta forma, o desenho de uma mão representava uma mão mesmo, o de uma flecha, uma flecha, entre outros.
Escrita Pictogrâmica


2ª Fase - Ideogrâmica: com o tempo as figuras passaram a representar ideias. O desenho de uma mão representava a ideia de agarrar e a figura de uma flecha, a ideia de caçar.
Escrita Ideogrâmica


3ª Fase - Fonogrâmica: fase em que os traçados representavam sons ou fonemas.
Escrita Fonogrâmica


A escrita mais antiga que se conhece é a da Suméria. Possui cerca de 5500 anos e fazia uso de quase 20000 sinais. Os povos que mais se destacaram no desenvolvimento da escrita foram os egípcios e os babilônicos.

Hieróglifos

Pedra Roseta
No Egito há milhares e milhares de desenhos e pinturas espalhados em documentos, objetos de cerâmica e nas paredes e muros de palácios, templos, pirâmides e outras antigas construções. Até por volta de 1800 ninguém sabia o que eles significavam.
Em 1799, quando o exército de Napoleão invadiu o Egito, descobriram uma pedra de granito preto que media 115 x 66 x 28 cm. Como o local onde se encontrava chamava-se Roseta, ela ficou conhecida como Pedra Roseta. Em uma de suas faces, que fora polida, encontravam-se três tipos de escrita. A parte superior da pedra estava escrita em hieróglifo, a parte central em demótico, e a parte inferior em grego.


Hieróglifo




O que estava escrito em grego foi lido sem dificuldade. Anos mais tarde conseguiram decifrar o demótico, que era a escrita egípcia da época em que foi erigida a pedra. Em 1818, o francês Jean Francois Champollion, conseguiu não apenas decifra-la, como também preparar uma gramática e um dicionário egípcio. A partir daí, pode-se ler os hieróglifos e conhecer a milenar história do Egito. Inclusive, há registros egípcios que são milhares de anos mais antigos que a própria Bíblia e que a literatura do Egito confirma muitas informações históricas relatadas no Antigo Testamento.

A Escrita Cuneiforme

Escrita Cuneiforme
Escavações realizadas na Mesopotâmia encontraram milhares de documentos contendo inscrições na forma de cunha, especialmente em pedras e em cilindros e tijolos de barro, que nenhum sábio, apesar de todos os esforços, conseguia entender.
Em 1835, Henry C. Rawlinson,  descobriu na Pérsia, um monte cuja uma face fora burilada e recebera uma serie de inscrições.
A escrita era toda em cuneiforme mas em três línguas diferentes: persa, susiana e babilônica. Depois de dez anos conseguiu traduzir o cuneiforme persa, o mais moderno dos três. A escrita contava a história da revolta das cidades de Susiana e Babilônia contra o domínio persa e como o rei Dario I conseguira sufocá-la com seu exército e depois mandou escrever aquele episódio naquele monte em 515 a.C. Então se iniciou o processo de tradução. Assim, foi decifrado o cuneiforme de Susiana e, por último, o mais difícil e importante, o cuneiforme babilônico.

Desta forma, a história de grandes impérios, suas conquista, seus costumes, seu estilo de vida, puderam ser conhecidos, o que também muito contribuiu para melhor entendermos os relatos do Antigo Testamento.

O Alfabeto 

O grande avanço da escrita ocorreu com a criação do Alfabeto. Em 1904 e 1905 o arqueólogo Flinders Petrie realizou escavações na Península do Sinai e ali encontrou uma escrita diferente, que mais tarde foi identificada como sendo alfabética e passou a ser conhecida como cananita, proto-sinaítica ou proto-fenícia. Foi datada como bem anterior ao tempo dos fenícios, e sendo dos dias de Moisés ou um pouco antes. Isso nos leva à conclusão que os fenícios não inventaram o alfabeto como se supunha, eles apenas o aperfeiçoaram, de modo que tornou-se "o mais perfeito e mais difundido alfabeto antigo". Contendo cerca de vinte e dois sinais, "que permitiam escrever qualquer palavra, a sua simplicidade foi a chave da sua rápida expansão".

Proto-cananeu pictográfico
Embora Moisés fosse versado na escrita egípcia, a dos hieróglifos, aprendeu em Midiã a escrita bem mais simples, alfabética, e foi nela que escreveu os primeiros livros bíblicos. Foi nela também que todos os demais homens escolhidos por Deus escreveram a Sua palavra para que esta alcançasse até a última geração com a mensagem de salvação.


Em meu próximo post, estarei abordando sobre os Escritos Antigos.
Até breve.


Referências Bibliográficas

  • Emilson Reis, Introdução Geral à Bíblia, (São Paulo: Gráfica Nogueirense, 2007).
  • Pedro Apolinário, História do texto bíblico - crítica textual (São Paulo: SALT, 1985).
  • A. R. Crabtree, Arqueologia bíblica (Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1958).


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Hora da faxina!

Fazendo minha leitura do Reavivados Por Sua Palavra, pude contemplar algumas maravilhosas lições que Deus a cada dia desejar nos prover mediante o estudo em espírito de oração de Sua palavra.

Em 2 Crônicas 15, é possível notar que por vezes nossas escolhas nos afastam dos princípios de Deus, nos levando a pecar abertamente contra nosso próximo e por conseguinte contra Deus.
À semelhança de Israel, por vezes passamos horas, dias, semanas, meses e até anos sem Deus, sem obedecer aos Seus mandamentos.

Deus promete que mesmo que tenhamos nos afastado dEle, se nos voltarmos para Ele em nossa angústia Ele se deixará ser encontrado (verso 4).
O rei Asa, ao ouvir do sacerdote Azarias estas palavras de esperança seu coração transbordou de alegria e realizou uma verdadeira reforma no reino de Judá.

As palavras que ele ouviu renovaram sua confiança na bondade e misericórdia de Deus e isto motivou a remover de Judá tudo aquilo que não estava em conformidade com a vontade de Deus. Sua determinação em cumprir a vontade de Deus era tamanha que ele repreendeu até mesmo sua avó Maaca por ter construído um poste-ídolo (verso 16).

Me pergunto às vezes (e porquê não dizer sempre) o que me falta para ter esta mesma disposição do rei Asa? Acredito que talvez você já se confrontou com esta mesma situação. Deus falou ao seu coração, você compreendeu, mas não teve forças para reagir. E porquê?

Quem save falte a você e a mim fazer a mesma coisa que o povo de Judá e Benjamin fizeram: Clamar a Deus em alta voz, ao som de trombetas, com todo o coração (verso 14 e 15) e com certeza obteremos a mesma resposta que eles obtiveram de Deus: "E todo o Judá se alegrou deste juramento; porque de todo o seu coração juraram, e de toda a sua vontade o buscaram, e o acharam; e o SENHOR lhes deu repouso ao redor" (2 Crônicas 15:15).

Lembro-me de um verso semelhante a este que me deu forças e coragem para seguir os caminhos de Deus, na verdade foi o primeiro sermão que ouvi quando novamente coloquei os pés na igreja. Este verso diz o seguinte: "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar" (Isaías 55:7). Este é o nosso Deus! Aleluia!

Querido amigo ou amiga, nosso desejo maior deve ser o mesmo de Asa: que o nosso coração seja totalmente dedicado ao SENHOR por toda nossa vida. A atitude que o rei Asa teve em buscar a Deus motivou a todo o povo a fazer o mesmo. Quem sabe quantas pessoas estão esperando a sua mudança de atitude para também abandonarem seus maus caminhos e se voltarem para Deus?
Oro para que este seja o desejo mais profundo de nossos corações.


"SENHOR, conceda-nos um novo coração!"

Leia a Bíblia!
#rpsp

quarta-feira, 1 de maio de 2013

7 passos para ter sua oração atendida!

Em umas das minhas meditações nas madrugadas, estava lendo o livro "Caminho a Cristo" da escritora norte-americana Ellen White. Ao ler o capítulo 11 no qual ela trata sobre o privilégio que temos de falar com Deus, gostaria de compartilhar alguns aprendizados com vocês e para isso separei algumas passagens bíblicas e também passagens do próprio livro.

Entendo que precisamos manter vivo em nossa mente que Deus a todo instante deseja se comunicar conosco. Deus sempre foi um Deus de relacionamento (Emanuel = Deus conosco). Ele deseja transmitir a cada um de Seus filhos Sua vontade e para isso Se utiliza da natureza, da Sua Palavra revelada (Bíblia) e também através do Espírito Santo.
É interessante notar que apenas meditar em Suas obras não significa que temos comunhão com Ele, para que isso aconteça necessitamos falar com Ele. É fascinante imaginar, como descreve a autora, que
a oração é o abrir o coração a Deus como a um amigo”.
Por vezes me esqueço de que Deus não precisa que eu fale para saber o que sinto e o que penso, pois Ele conhece os meus mais íntimos pensamentos (Salmo 139). Contudo, falar com Ele me habilita a recebê-lo e durante a oração, Deus não desce até mim, mas eu sou elevado até Ele. Necessito aprender a orar e para isso devo pedir a Deus que me ensine assim como Ele ensinou a Seus discípulos (Lc. 11:1).

Agora, você precisa entender que existem certas condições para que possamos esperar que Deus ouça e responda nossas orações. Vejamos a seguir algumas delas que a autora coloca como necessárias para que Deus ouça nossas súplicas:

1. Sentir a necessidade de Seu auxílio: Em Isaías 44:3 Deus prometeu: "Derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca". Todos aqueles que tem fome e sede de justiça, Deus promete que serão satisfeitos. Nossos corações devem ser abertos à influência do Espírito, ou não receberemos as bençãos de Deus. Ele diz: "Pedi, e dar-se-vos-á" (Mateus 7:7). É necessário que O busquemos para que Ele faça essas coisas por nós. Ele nos deu tudo e de maneira nenhuma nos rejeitará (Romanos 8:32).

2. Confissão e arrependimento de pecados: "Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria; mas Deus me ouviu, deu atenção à oração que Lhe dirigi. Louvado seja Deus que não rejeitou a minha oração nem afastou de mim o seu amor!" (Salmo 66:18-20). "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”. (At 3:19). "Se mantivermos iniquidade em nosso coração, se nos apegarmos a algum pecado de maneira consciente, o Senhor não nos ouvirá; mas a oração que vem do coração arrependido e contrito será sempre aceita" (Caminho a Cristo, cap. 11). Quando todas as nossas faltas forem corrigidas, podemos acreditar que Deus nos responderá, mas é necessário termos em mente que nossos próprios méritos JAMAIS nos recomendarão ao favor de Deus; somente os méritos de Cristo é que nos salvará e nos purificará. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9).

3. Ter fé nEle: "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11:6). "Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis." (Marcos 11:24). Se não recebemos as coisas que pedimos, e no tempo desejado, é porque ainda não cremos que o Senhor ouve e responde nossas orações. Devido às nossas imperfeições, por vezes pedimos coisas que não serão bençãos para nós, e nosso Pai celestial, por amor a nós, responde nossa oração nos dando aquilo que Ele sabe ser melhor para nós, Ele nos dá aquilo que teríamos pedido se nossa visão fosse divinamente iluminada. Lembre-se: "Deus é demasiadamente sábio para errar e extremamente bom para deixar de conceder o melhor aos que andam em retidão".


4. Disposição para perdoar: "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6:12). Quando vamos a Deus para Lhe pedir misericórdia e bençãos, devemos ter um espírito de amor e perdão em nosso coração. Como podemos esperar que Deus atenda ao nosso pedido de perdão se alimentamos um espírito incapaz de perdoar? Devemos perdoar os outros da mesma maneira que esperamos ser perdoados.

5. Perseverar na oração: "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração" (Romanos 12:12). Devemos orar sempre se quisermos crescer em nossa fé e experiência com Deus. É necessário perseverança e vigilância "com ações de graça" (Colossenses 4:2). A oração incessante é a inquebrantável união da alma com Deus, para que a vida que vem de Deus flua para a nossa vida. (Caminho a Cristo). Leia também Filipenses 4:6, Judas 20 e 21.

6. Prática da oração particular: Não devemos negligenciar a oração secreta, pois é ela quem sustenta nossa vida espiritual. É impossível que a espiritualidade de uma pessoa floresça se a oração for negligenciada. Nossa oração secreta deve ser ouvida somente por Aquele que ouve toda oração e que nos conhece e é capaz de perdoar e nos purificar. Em nosso local particular devemos abrir nosso coração Àquele que prescruta a toda alma e coração. De maneira calma, mas fervorosa nós podemos buscar a Deus e encontrar nEle refrigério para a alma. "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente" (Mateus 6:6). Ore em seu aposento particular. Durante seus afazes diários, deixe que o coração se eleve a Deus. Era assim que Enoque andava com Deus.

7. Orar em nome de Jesus: Jesus disse: "Pedireis em Meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o própria Pai vos ama.""Eu vos escolhi a vós outros [...] a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda" (João 16:26,27; 15:16). Amigo, orar em nome de Jesus é mais do que mencionar o Seu nome no começo e no fim da oração. Orar em nome de Jesus é orar segundo a mente e o espírito de Jesus, crendo em Suas promessas, confiando em Sua graça e fazendo Suas obras. Nossa vida deve ser igual à de Cristo, nos dividindo entre o monte da oração e o contato com as multidões. Se nós apenas oramos e nada mais fazemos acabaremos por abandonar esta prática. Jesus nos mostrou que devemos estar em contato com as multidões realizando Suas obras demonstrando o verdadeiro espírito cristão. Se deixamos de nos importar com os outros, nossas orações passam a ser egoístas e pessoais, não conseguimos orar em favor das necessidades dos outros nem pelo estabelecimento do reino de Cristo. Se pensarmos e falarmos mais de Jesus, e menos no próprio eu, teremos muito mais de Sua presença conosco.

Amigos, gostaria de finalizar com este pensamento da autora, pois é importante termos em mente que "as trevas do maligno envolvem os que negligenciam a oração. Ter uma vida de constante oração nos livraria de pecar, pois o adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da misericórdia para que não obtenha, por meio da súplica e fé, graça e poder para resistir à tentação" (Caminho a Cristo, Cap. 11).

Se você gostou do livro, você pode adquirí-lo através do site http://www.cpb.com.br/produto-430-caminho+a+cristo+linguagem+atualizada.html ou pode baixar este audio-livro e ainda outros da escritora através do link http://centrowhite.org.br/downloads/audiobooks/ .