Entendo que precisamos manter vivo em nossa mente que Deus a todo instante deseja se comunicar conosco. Deus sempre foi um Deus de relacionamento (Emanuel = Deus conosco). Ele deseja transmitir a cada um de Seus filhos Sua vontade e para isso Se utiliza da natureza, da Sua Palavra revelada (Bíblia) e também através do Espírito Santo.
É interessante notar que apenas meditar em Suas obras não significa que temos comunhão com Ele, para que isso aconteça necessitamos falar com Ele. É fascinante imaginar, como descreve a autora, que
Por vezes me esqueço de que Deus não precisa que eu fale para saber o que sinto e o que penso, pois Ele conhece os meus mais íntimos pensamentos (Salmo 139). Contudo, falar com Ele me habilita a recebê-lo e durante a oração, Deus não desce até mim, mas eu sou elevado até Ele. Necessito aprender a orar e para isso devo pedir a Deus que me ensine assim como Ele ensinou a Seus discípulos (Lc. 11:1).“a oração é o abrir o coração a Deus como a um amigo”.
Agora, você precisa entender que existem certas condições para que possamos esperar que Deus ouça e responda nossas orações. Vejamos a seguir algumas delas que a autora coloca como necessárias para que Deus ouça nossas súplicas:
1. Sentir a necessidade de Seu auxílio: Em Isaías 44:3 Deus prometeu: "Derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca". Todos aqueles que tem fome e sede de justiça, Deus promete que serão satisfeitos. Nossos corações devem ser abertos à influência do Espírito, ou não receberemos as bençãos de Deus. Ele diz: "Pedi, e dar-se-vos-á" (Mateus 7:7). É necessário que O busquemos para que Ele faça essas coisas por nós. Ele nos deu tudo e de maneira nenhuma nos rejeitará (Romanos 8:32).
2. Confissão e arrependimento de pecados: "Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria; mas Deus me ouviu, deu atenção à oração que Lhe dirigi. Louvado seja Deus que não rejeitou a minha oração nem afastou de mim o seu amor!" (Salmo 66:18-20). "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”. (At 3:19). "Se mantivermos iniquidade em nosso coração, se nos apegarmos a algum pecado de maneira consciente, o Senhor não nos ouvirá; mas a oração que vem do coração arrependido e contrito será sempre aceita" (Caminho a Cristo, cap. 11). Quando todas as nossas faltas forem corrigidas, podemos acreditar que Deus nos responderá, mas é necessário termos em mente que nossos próprios méritos JAMAIS nos recomendarão ao favor de Deus; somente os méritos de Cristo é que nos salvará e nos purificará. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9).
3. Ter fé nEle: "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hebreus 11:6). "Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis." (Marcos 11:24). Se não recebemos as coisas que pedimos, e no tempo desejado, é porque ainda não cremos que o Senhor ouve e responde nossas orações. Devido às nossas imperfeições, por vezes pedimos coisas que não serão bençãos para nós, e nosso Pai celestial, por amor a nós, responde nossa oração nos dando aquilo que Ele sabe ser melhor para nós, Ele nos dá aquilo que teríamos pedido se nossa visão fosse divinamente iluminada. Lembre-se: "Deus é demasiadamente sábio para errar e extremamente bom para deixar de conceder o melhor aos que andam em retidão".
4. Disposição para perdoar: "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6:12). Quando vamos a Deus para Lhe pedir misericórdia e bençãos, devemos ter um espírito de amor e perdão em nosso coração. Como podemos esperar que Deus atenda ao nosso pedido de perdão se alimentamos um espírito incapaz de perdoar? Devemos perdoar os outros da mesma maneira que esperamos ser perdoados.
5. Perseverar na oração: "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração" (Romanos 12:12). Devemos orar sempre se quisermos crescer em nossa fé e experiência com Deus. É necessário perseverança e vigilância "com ações de graça" (Colossenses 4:2). A oração incessante é a inquebrantável união da alma com Deus, para que a vida que vem de Deus flua para a nossa vida. (Caminho a Cristo). Leia também Filipenses 4:6, Judas 20 e 21.
6. Prática da oração particular: Não devemos negligenciar a oração secreta, pois é ela quem sustenta nossa vida espiritual. É impossível que a espiritualidade de uma pessoa floresça se a oração for negligenciada. Nossa oração secreta deve ser ouvida somente por Aquele que ouve toda oração e que nos conhece e é capaz de perdoar e nos purificar. Em nosso local particular devemos abrir nosso coração Àquele que prescruta a toda alma e coração. De maneira calma, mas fervorosa nós podemos buscar a Deus e encontrar nEle refrigério para a alma. "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente" (Mateus 6:6). Ore em seu aposento particular. Durante seus afazes diários, deixe que o coração se eleve a Deus. Era assim que Enoque andava com Deus.
7. Orar em nome de Jesus: Jesus disse: "Pedireis em Meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o própria Pai vos ama.""Eu vos escolhi a vós outros [...] a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda" (João 16:26,27; 15:16). Amigo, orar em nome de Jesus é mais do que mencionar o Seu nome no começo e no fim da oração. Orar em nome de Jesus é orar segundo a mente e o espírito de Jesus, crendo em Suas promessas, confiando em Sua graça e fazendo Suas obras. Nossa vida deve ser igual à de Cristo, nos dividindo entre o monte da oração e o contato com as multidões. Se nós apenas oramos e nada mais fazemos acabaremos por abandonar esta prática. Jesus nos mostrou que devemos estar em contato com as multidões realizando Suas obras demonstrando o verdadeiro espírito cristão. Se deixamos de nos importar com os outros, nossas orações passam a ser egoístas e pessoais, não conseguimos orar em favor das necessidades dos outros nem pelo estabelecimento do reino de Cristo. Se pensarmos e falarmos mais de Jesus, e menos no próprio eu, teremos muito mais de Sua presença conosco.
Amigos, gostaria de finalizar com este pensamento da autora, pois é importante termos em mente que "as trevas do maligno envolvem os que negligenciam a oração. Ter uma vida de constante oração nos livraria de pecar, pois o adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da misericórdia para que não obtenha, por meio da súplica e fé, graça e poder para resistir à tentação" (Caminho a Cristo, Cap. 11).
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