terça-feira, 9 de abril de 2013

Administração Fiel


“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” – 1 Tm 6.10

Gostaria de compartilhar com vocês alguns pontos de aprendizado durante a leitura do livro Conselhos sobre Mordomia, da escritora americana Ellen G. White, referente à Seção 5 - Despenseiros das Riquezas.

Deus confiou um talento ao homem que é a riqueza. Contudo, quão costumeiramente estes talentos concedidos por Deus são mal empregados até mesmo por aqueles que professam ser fiéis cristãos que acabam empregando os talentos dados por Deus   usando-os como bem entendem, para satisfazer seus desejos e impulsos pessoais. Mas, Deus não nos conferiu tais talentos para utilizarmos ou retermos de acordo com nossa vontade. Os que empregam seus recursos de acordo com sua vontade revelam seu caráter egoísta e mostram o que fariam se possuíssem tesouros imperecíveis do reino de Deus. 

O SENHOR deseja que empreguemos os nossos bens para aliviar as necessidades de pessoas que hoje sofrem e para fazer avançar a obra de proclamação do evangelho do reino. A utilização egoísta dos nossos tesouros, revelado através do apetite pervertido (não somente relativo à saúde, mas também ao consumismo) faz com que o cérebro enfraqueça, nos tornado assim, incapazes de distinguir as coisas sagradas e eternas das que são comuns e temporais. Satanás, através de seus agentes humanos, tem levado à inventar tudo o que possa desviar a mente do que é nobre e puro, empregando em divertimentos que perturbam a alma e corrompem os bons costumes.

Possuir tesouros na terra não é pecado, isso não é ensinado pelas Escrituras. A riqueza só é pecado quando o amor ao dinheiro é colocado acima do amor dedicado a Deus. O amor ao dinheiro sim, é a razão de todos os males! (1 Tm 6:10). A posse de riquezas traz a sua parcela de responsabilidade. Quantos que ao passar por adversidades foram fiéis a Deus, e na prosperidade, frente às cintilantes seduções tem caído.

Deus nos permite usar Seus bens somente para Sua glória, para nos abençoar, afim de que possamos abençoar aos outros. Não devemos esquecer que, assim como nós lidamos com os nossos semelhantes em pequenas desonestidades, ou em fraude mais ousada, assim também lidaremos com Deus. Muitos professos cristãos, pelo desejo desordenado de ganhar, serão levados a imitar os costumes do mundo, usando astúcia nos negócios, aproveitando-se do infortúnio alheio, da ignorância ou fraqueza do seu próximo. Mas, a quem realiza tal ato deve lembrar-se que cada erro praticado em relação aos filhos de Deus, é feito ao próprio Cristo na pessoa de Seus santos (Mt 25:40).

A prosperidade espiritual continua apenas enquanto o homem está apegado a Deus para dEle obter sabedoria e perfeição. Contudo, os que mais sentem a necessidade de pôr em Deus a sua confiança, são geralmente, os que possuem poucos tesouros nesta terra. Devemos pedir a Deus que constantemente sonde nossos corações, pois pouquíssimas pessoas reconhecem a força de seu amor ao dinheiro, até que diante deles sejam colocas provas, uma vez que quanto maiores os tesouros acumulados na Terra, mais difícil será para o possuidor reconhecer que estes não lhe pertencem, mas que lhe foram emprestados para serem usados para a glória de Deus.
“O que possuímos não é nosso, e deve ser empregado em servir Àquele de quem recebemos tudo o que temos” (Review and Herald, 21 de março de 1878).

As Escrituras nos mostram claramente que a riqueza acumulada não é simplesmente inútil, mas uma maldição. Esta afirmação pode ser encontrada na parábola dos talentos em Mt 25:14-29.
Contudo, “Se os mordomos de Deus cumprirem seu dever, não haverá perigo de que as riquezas aumentem tão depressa que se demonstre uma cilada, pois serão usadas com prática sabedoria e liberalidade cristã” (Reviem and Herald, 16 de maio de 1882).
É do agrado de Deus que utilizemos nossos recursos, com sabedoria, para servir aos doentes e sofredores, ajudando aos pobres necessitados, uma vez que a necessidade e miséria reinam neste mundo.
Pela graça de Cristo, nossos esforços para abençoar os outros, não são apenas o meio de nosso crescimento na graça, mas também aumentam nossa felicidade futura e eterna. Aos que tem sido cobreiros de Cristo, dir-se-á: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.” (Review and Herald, 27 de junho de 1893).
Que o SENHOR sonde nossos corações e nos ajude a sermos fiéis despenseiros de Suas riquezas nesta terra que logo encontrará seu fim, para dar lugar a uma nova Terra na qual habita a justiça!

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