“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” – 1 Tm 6.10
Gostaria de compartilhar com vocês alguns pontos de aprendizado durante a leitura do livro Conselhos sobre Mordomia, da escritora americana Ellen G. White, referente à Seção 5 - Despenseiros das Riquezas.
Deus confiou um talento ao homem que é a riqueza. Contudo,
quão costumeiramente estes talentos concedidos por Deus são mal empregados até
mesmo por aqueles que professam ser fiéis cristãos que acabam empregando os
talentos dados por Deus usando-os como
bem entendem, para satisfazer seus desejos e impulsos pessoais. Mas, Deus não
nos conferiu tais talentos para utilizarmos ou retermos de acordo com nossa
vontade. Os que empregam seus recursos de acordo com sua vontade revelam seu
caráter egoísta e mostram o que fariam se possuíssem tesouros imperecíveis do
reino de Deus.
O SENHOR deseja que empreguemos os nossos bens para aliviar as
necessidades de pessoas que hoje sofrem e para fazer avançar a obra de
proclamação do evangelho do reino. A utilização egoísta dos nossos tesouros,
revelado através do apetite pervertido (não somente relativo à saúde, mas
também ao consumismo) faz com que o cérebro enfraqueça, nos tornado assim,
incapazes de distinguir as coisas sagradas e eternas das que são comuns e
temporais. Satanás, através de seus agentes humanos, tem levado à inventar tudo
o que possa desviar a mente do que é nobre e puro, empregando em divertimentos
que perturbam a alma e corrompem os bons costumes.
Possuir tesouros na terra não é pecado, isso não é ensinado
pelas Escrituras. A riqueza só é pecado quando o amor ao dinheiro é colocado
acima do amor dedicado a Deus. O amor ao dinheiro sim, é a razão de todos os
males! (1 Tm 6:10). A posse de riquezas traz a sua parcela de responsabilidade.
Quantos que ao passar por adversidades foram fiéis a Deus, e na prosperidade,
frente às cintilantes seduções tem caído.
Deus nos permite usar Seus bens somente para Sua glória,
para nos abençoar, afim de que possamos abençoar aos outros. Não devemos esquecer que, assim como
nós lidamos com os nossos semelhantes em pequenas desonestidades, ou em fraude
mais ousada, assim também lidaremos com Deus. Muitos professos cristãos, pelo
desejo desordenado de ganhar, serão levados a imitar os costumes do mundo,
usando astúcia nos negócios, aproveitando-se do infortúnio alheio, da
ignorância ou fraqueza do seu próximo. Mas, a quem realiza tal ato deve
lembrar-se que cada erro praticado em relação aos filhos de Deus, é feito ao
próprio Cristo na pessoa de Seus santos (Mt 25:40).
A prosperidade espiritual continua apenas enquanto o homem
está apegado a Deus para dEle obter sabedoria e perfeição. Contudo, os que mais
sentem a necessidade de pôr em Deus a sua confiança, são geralmente, os que
possuem poucos tesouros nesta terra. Devemos pedir a Deus que constantemente
sonde nossos corações, pois pouquíssimas pessoas reconhecem a força de seu amor
ao dinheiro, até que diante deles sejam colocas provas, uma vez que quanto
maiores os tesouros acumulados na Terra, mais difícil será para o possuidor reconhecer
que estes não lhe pertencem, mas que lhe foram emprestados para serem usados
para a glória de Deus.
“O que possuímos não é nosso, e deve ser empregado em servir Àquele de quem recebemos tudo o que temos” (Review and Herald, 21 de março de 1878).
As Escrituras nos mostram claramente que a riqueza acumulada
não é simplesmente inútil, mas uma maldição. Esta afirmação pode ser encontrada
na parábola dos talentos em Mt 25:14-29.
Contudo, “Se os mordomos de Deus cumprirem seu dever, não haverá perigo de que as riquezas aumentem tão depressa que se demonstre uma cilada, pois serão usadas com prática sabedoria e liberalidade cristã” (Reviem and Herald, 16 de maio de 1882).
É do agrado de Deus que utilizemos nossos recursos, com
sabedoria, para servir aos doentes e sofredores, ajudando aos pobres
necessitados, uma vez que a necessidade e miséria reinam neste mundo.
Pela graça de Cristo, nossos esforços para abençoar os outros, não são apenas o meio de nosso crescimento na graça, mas também aumentam nossa felicidade futura e eterna. Aos que tem sido cobreiros de Cristo, dir-se-á: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.” (Review and Herald, 27 de junho de 1893).
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